quarta-feira, 31 de março de 2010

Aniversário Desnivel XVI - Digest 3

Bom, isto de digest já vai tendo pouco mas pediram-me para por mais estas:

Aniversário Desnivel XVI - Digest 2

E mais umas começando pelos maratonistas madrugadores: No corredor do Inferno a acompanhar provavelmente o Estrelista mais novo a realizar esta subida - O grande Claudio com apenas 11 anos A tal poção mágica! Para mim foi tiro e queda! Ou isso, ou foi da conversa do Mário Pires...


Aniversário Desnivel XVI - Digest 1

Aqui vai uma especie de apanhado de fotografias de várias autorias:
Um belo amanhacer depois de uma noite com chuva e vento É de manha que se prepara a lenha para o churrasco da noite... com um canivete suiço!

Mais sobre o 16º aniversário ...







Agradeço o trabalho que o pessoal teve para preparar tudo para que a festa fosse um sucesso.
Questiono no entanto uma coisa, ninguém se lembrou de levar uma garrafa de Raposeira para o Tiago Pais que apesar de não saber grelhar entremeadas merecia uma :) .

terça-feira, 30 de março de 2010

XVI Anivers. Desnível. Trail de 26,5 km termina mais cedo do que o previsto devido a investida de Javalis


O Aniversário da Desnível, com base no Covão da Ametade, começou pelas 8h15 de sábado, conforme já escrevemos, com um Trail de treino de corrida de montanha. A extensão inicial prevista de 40 km, teve de ser encurtada para 26,5 km devido a várias investidas e ataques de uma vara de Javalis (Sus Scrofa). Os animais, muito aguerridos, chegaram a engolir de uma só vez a pequena cadela Luca, pelo que um dos suínos selvagens teve de ser esquartejado, aberto e sacrificado, de modo a salvar a pobre cadela da asfixia certa. A dona do pobre canídeo, Sílvia Sininho Araújo, é que nunca perdeu a calma nem o sorriso, apesar de serem mais de 20 Javalis, como se pode ver pode na foto anexa, da autoria da nossa sócia (com as cotas em dia!) Gina Correia. Não perdeu a calma, não ficou nervosa, não caiu, nem deu nenhuma paulada em nenhum participante, que ensaguentado, jurou logo ali vingar-se a frio (daí a neve na foto). No entanto, durante a noite foram ouvidos vários sons de pesadelos cruzados, uns com grunhidos de javali, outros com guinchos de raposa, aparentemente oriundos da mesma tenda.
Para o ano há mais...

16º Aniversário Desnivel

Deixo algumas fotos dos nossos dias no fim de semana do aniversário !

O Nuno Queria MESMO encontrar uma cascata para escalar !



Mário e Paula no topo do corredor do Inferno

Corredor do Inferno, quem encontra o Mário na Imagem?

Partida, Largada, FUGIDA !

Planalto, vazio como se quer ...

Um Belo Halo Solar

Pessoal a Subir um dos corredores do covão do Ferro

Panorâmica da Barragem do covão do ferro

XVI Aniversário Desnível / 27 e 28 de Março de 2010








segunda-feira, 29 de março de 2010

XVI Aniversário Desnível / 27 e 28 de Março de 2010




As actividades começaram no sábado, com 1h15 de avanço sobre o programa previsto (através de um matinal trail de corrida de montanha, com 26,5 km) e terminaram bem depois das 22 horas previstas para o recolher obrigatório, devido à grande quantidade de pitons de gelo para desenroscar (ou seriam pitons de cortiça?). Além do trail, também corredores de neve, algum gelo (neve dura), passeios pedestres e ski de travessia fizeram parte das várias actividades multi-disciplinares levadas a cabo. Apelamos aos sócios para aqui deixarem os seus testemunhos fotográficos e pessoais. Até daqui a um ano.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Serra de Gredos / 2ª saída do curso de iniciação ao alpinismo











Decorreu este FDS de 13 e 14 de Março, na serra de Gredos, a 2ª saída do curso de iniciação ao alpinismo 2010. Quantidades bíblicas de neve, dezenas de avalanches de purga e pelo menos duas de placa (algumas a atingir o caminho para a Laguna Grande), temperaturas entre os 2 e os 8 negativos, senão mesmo mais baixas, mas muito sol. A dormida realizou-se em acampamento, com a toda a logística e peso associado, mas todo o grupo geriu bem o desafio. Algumas fotos documentam melhor que quaisquer descrições.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Garganta de Loriga, Serra da Estrela.

No fim de semana de 20 e 21 de Fevereiro proporcionou-se uma ida à serra da Estrela.

Houve alguma hesitação na concretização da ida pois a previsão meteorológica não era famosa, e ainda há umas duas ou três semanas atrás lá tinhamos estado, num fim de semana que se revelou de chuva e nevoeiro, onde não deu para escalar nada de corredores nem cascatas.

Desta vez optou-se por fazer uma pequena marcha, sem pretensões de escalada, já para evitar prováveis decepções.

De várias possibilidades consideradas escolheu-se fazer a subida da Garganta de Loriga no sábado, e respectiva descida de regresso no domingo.
Como não sabíamos o que esperar quanto a neve ía-mos preparados para abortar a actividade em qualquer altura e voltar para baixo.

Saímos de Cascais na noite de sexta e chegámos já bem tarde a Loriga. Decidimos entrar com a viatura pela picada que leva ao início do trilho e procurar um local plano para montar a tenda. Surpreendeu-nos a neve, que não esperáva-mos encontrar tão em baixo.

Nessa mesma noite nevou e a tenda amanheceu assim, poucos metros acima da estrada de alcatrão da Loriga.

















Desmontámos a tenda, arrumámos as mochilas e começámos a subida do trilho da Garganta de Loriga, numa manhã onde o sol até espreitou por entre as muitas nuvens, mas ainda assim com melhor tempo do que o "anunciado" no site do Instituto de Meteorologia.


Um pouco mais acima, num local chamado Eira da Pedra depará-mo-nos com esta vista


Via-se mais neve do que esperávamos.


Chegada ao Covão da Areia, ainda com algum sol por entre as nuvens e sem vento.

Barragem antes do Covão do Boieiro. A partir daqui foi onde a neve estava menos dura e onde a marcha foi mais lenta. Apesar de tudo estava bem acamada e não enterrámos mais do que a bota. Avançámos quase até à estrada mas como não tinhamos especial vontade de ver domingueiros nem filas de carros, decidimos arranjar um local plano para montar a tenda, encoberto das vistas da estrada.

Montámos a tenda num local de onde não seria vista da estrada, mas com o nevoeiro que começáva a adensar-se também não nos veriam de qualquer modo, nem que estivéssemos na berma.

Aí a partir das 20 horas a previsão meteorológica começou a fazer-se cumprir e levantou-se grande ventania e começou a nevar, o que durou a noite toda, com alguma intensidade.

De manhã o manto de neve tinha aumentado cerca de uns 30 cm, e parecia que tinhamos a tenda montada num pequeno poço. Apesar de tudo a tenda não ficou coberta de neve, como seria de esperar.

A visibilidade era muito má, estávamos completamente dentro do nevoeiro, e desmontámos a tenda debaixo de uma pequena borrasca, que nos acompanhou durante parte da descida.

Esta última fotografia foi tirada no momento da descida em que o nevoeiro abriu, já abaixo dos covões.

À laia de conclusão, o fim de semana rendeu mais do que se esperava. Se por um lado temíamos que o estado da neve nos impedisse de progredir, devido à sua espessura, o que vimos conforme fomos subindo não nos deixou mais optimistas. No entanto à medida que íamos progredindo o manto de neve revelou-se suficientemente duro para permitir uma marcha a velocidade razoável. Nem sempre se viu o trilho e por muitas vezes progredimos por onde nos pareceu possivel, no entanto, de quando em quando, lá se viam alguns penitentes e os habituais traços a vermelho do percurso. Em algumas alturas lá um de nós se enterrou até à cintura nalguns locais e lá se meteu um pé na água noutros, mas face ao que esperávamos foi negligenciável. Fez-se perfeitamente e foi divertido.

A marcha foi feita sem raquetes nem skis, e também não foi preciso nunca recorrer aos crampons. Levámos batons.

No sábado subimos apenas de forro-polar pois não nevou nem fez vento e até houve sol, mas no domingo descemos já de goretex vestido, calças e casaco, e com neve a cair.

Curiosamente, ou não, apesar da neve que caiu durante toda a noite e continuou a cair durante a nossa descida, havia muito menos neve no solo abaixo do Covão da Areia. Penso que a precipitação a aquela altitude tenha sido de chuva e derretido a neve que aí havia.

Foram dois dias bem passados, num ambiente de montanha bem giro.

Só quando chegámos à Loriga e fomos ao café soubemos que estavam a fechar a Torre e a mandar descer as pessoas, e que havia 4 tipos perdidos. Segundo o fulano do café tinha sido uma noite de forte temporal na Serra da Estela. De seguida soubémos o que se tinha passado na ilha da Madeira.